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Minhas primeiras impressões de Gundam Breaker 4 — Análise

Reprodução: Bandai Namco

Tá aí um jogo que alugou um triplex na minha cabeça quando foi anunciado: Gundam Breaker 4, uma sequência muito aguardada por fãs depois do anticlimático e deprimente New Gundam Breaker, finalmente esta franquia não apenas sairia da geladeira como traria um título muito mais próximo das suas origens em estrutura, gameplay e com algum grau de esforço (pois o New sequer tinha isso).


Aos que não sabem, Gundam Breaker é uma série que é muito difícil de acessar pois os dois primeiros jogos estão presos no PS3 e PS Vita apenas em japonês, enquanto que o terceiro jogo saiu para PS4, porém, só é possível adquirir uma cópia em inglês por meio de importação de Hong Kong. Gundam Breaker 4 é, para muitos, o primeiro jogo da franquia, considerando que ele não apenas vem em inglês, mas pra português brasileiro também, assim como estará sendo lançado para o PC.


Para minha surpresa (e também como uma marca sonora do meu esquecimento com datas), Gundam Breaker 4 teve um Open Network Test, o famoso Teste de Rede, no fim de semana do dia 19 de Julho e eu, por sorte, consegui jogá-lo por aproximadamente umas quatro horas, e estou aqui pra conversar um pouco sobre as minhas experiências com ele.


Reprodução: Bandai Namco

Para começar, o jogo tinha os seguintes modos disponíveis: Três missões co-op com 3 níveis de dificuldades, o modo Caçador de Recompensas e a organização de lobbies online, além de, claro, muita customização, com acesso a vinte Mobile Suits (os robôs em questão) dos mais variados tipos. Eu joguei, em sua maioria, as missões co-op solo e participei de umas Caçadas de Recompensa. Não pude interagir muito com o aspecto multiplayer pois infelizmente o período de teste que eu mais joguei foi o mais difícil de conectar com jogadores devido ao fato que, em sua maioria, era a galera do Japão jogando.


As três missões eram iguais em sua base, com a diferença principal sendo os tipos de inimigos enfrentados. Contextualizando: para completá-las era preciso passar por 3 ondas de inimigos, estas compostas de Mobile Suits de séries específicas de Gundam. Aqui que o principal da gameplay de Breaker aparece: combate, coleta e customização de peças de robôs, ou, no caso, de Kits de Plástico de robôs. O ato de lutar com seu robozão é bem direto ao ponto, focado em um combate corpo a corpo, com certas mecânicas e estruturas de combate próximas de um character action, com um contador de combos e um medidor de desempenho tal qual os jogos da Platinum Games. O diferencial aqui é que mais uma mecânica é atrelada a este sistema de combos, pois quanto maior e melhor o combo, maiores as chances dos seus inimigos derrubarem as suas partes para coleta. 


A graça principal de Breaker é pegar o maior número de peças possível para montar o robô que você desejar, então o segredo é manter o combate frenético e o contador de combo alto. Claro, o jogo não conta apenas com os golpes de solo e armas de distância, pois este jogo traz de volta dos seus antecessores as paletas de habilidades EX, focadas em golpes, armas ou técnicas especiais associadas a peças específicas de um robô, porém, ampliadas e também as acompanhando temos os Golpes Opcionais, outra paleta que, por sua vez, utiliza habilidades menos impactantes quanto as EX, mas em muitos casos igualmente úteis. Um exemplo envolve um escudo que, ao equipá-lo em meu Gundam, me deu a habilidade de puxar meus inimigos no solo ou no ar tal qual Nero faz em Devil May Cry 5, assim permitindo uma extensão significativa de combos aéreos.


Reprodução: Bandai Namco

Comparado a seus predecessores (em principal o Breaker 2, que eu estou jogando atualmente), eu sinto uma inclinação menor ao chamado button mashing, o ato de ficar esmagando botões repetidas vezes, visto que dá pra intercalar muito bem os combos com as habilidades anteriormente mencionadas, então talvez Breaker 4 seja mais piedoso com seus dedos.


A diversão em Breaker é não apenas montar o seu Gundam, Zaku, ou o que for pela estética, mas também ver o que a sua seleção de peças é capaz de oferecer em combate, permitindo que as combinações sejam mais do que apenas únicas, mas também possam ser eficazes e funcionais nas mais variadas combinações. 


Mas então, ao adentrar a missão, você enfrenta ondas de robôs, bate de frente com alguns minibosses e, no meio tempo, vai pegando tudo que é peça que você conseguir pôr as mãos. Em certos momentos, dá até uma sensação que você está jogando um jogo da franquia Warriors, pois é uma quantidade grande de inimigos na tela e seus ataques ou especiais fazem eles voar longe. No final de cada missão tem um confronto contra chefe, com as missões 2 e 3 tendo lutas contra trios icônicos de Gundam Seed Destiny e Z Gundam, porém, a da missão 1 foi a que deixou a melhor impressão, pois nela estamos enfrentando um Gundam gigante, o Unleashed Gundam. 


A estrutura dessa boss fight é muito legal pois não é sobre apenas fazer uma barra de vida ir a 0, mas também compreender que cada parte componente deste colosso pode ser quebrada e, por conseguinte, neutralizar uma habilidade específica dele. Cabeça, torso, braços, pernas, escudo, tudo isso pode ser partido em pedacinhos e, conforme a luta progride, ele tenta se adaptar, mas, caso a pressão contra ele seja alta, ele tropeça e cai no chão, assim permitindo que quem está jogando possa atirar tudo o que tem nele. É uma luta muito legal.


As três dificuldades apenas alteram o nível de cada uma das peças, então elas existem mais para progressão do que exatamente para experiências diferenciadas, é bem próximo do que Dragon Ball Xenoverse faz para seu conteúdo paralelo. 


Reprodução: Bandai Namco

Uma coisa é certa, pra quem tá com seu referencial de jogo de mecha sendo Armored Core VI: Fires of Rubicon, já adianto que a pegada aqui é bem diferente. Além do fato que a base de Breaker é muito mais focada em combate à curta distância do que os tiroteios e ação focada em projéteis de Rubicon, a proposta do jogo é bem diferente também. No título da From Software, o foco é passar pela narrativa, testemunhar os eventos e encarar os desafios que o jogo tem a oferecer. Gundam Breaker é muito mais sobre customização e expressividade do que isso. Com certeza esses elementos estarão presentes na versão final, como confirmam os menus, mas a abordagem para ele tem que ser diferenciada para não se decepcionar.


Apesar destes alertas, eu honestamente gostei do que eu vi neste teste de rede. O jogo pega a fórmula da franquia e traz novidades, seja em gameplay, em robôs nunca antes vistos ou mesmo em áreas e técnicas de combate novas também. Eu fico muito feliz em saber que já estamos no segundo ano onde temos títulos de mecha brotando por aí, como o próprio Megaton Musashi W: Wired, com esta felicidade aumentando sabendo que não apenas meu universo ficcional favorito terá um novo título, mas que também ele será muito mais acessível que seus antecessores, sem medo de um dia ele se tornar um software que precisará de trabalhos arqueológicos para ser experienciado.


Texto editado e revisado por Maya Souza (@ShinMayanese).



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