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Festival Jogatório 2024: A verdadeira celebração do desenvolvimento independente de jogos brasileiros — Notícia

Imagine um evento gratuito, onde você pode descobrir jogos incríveis, sejam eles eletrônicos ou de tabuleiro, criados por pessoas mais próximas do que você imagina. Um lugar onde é possível conversar diretamente com os desenvolvedores brasileiros e conhecer projetos que vão muito além dos jogos, sem a interferência mercadológica dos grandes eventos "feitos para influenciadores". Esse evento existe, e se chama Festival Jogatório.


Realizado no Sesc 24 de Maio, em São Paulo/SP, e organizado pela Firma Game Dev, o Jogatório ocorreu no primeiro final de semana de julho, reunindo mais de 60 expositores com seus jogos eletrônicos, jogos de tabuleiro, ilustrações, quadrinhos e muito mais.


Dentre eles, membros da nossa comunidade como Dronaroid, expondo Heartrender pela primeira vez em um evento, e a galera do "O Culto?", com o nosso queridinho Heavenstrafer.


Era imprescindível para o Game Design Hub estar presente no evento, não só pelo caráter de imprensa, mas também para celebrar a cena brasileira de desenvolvimento de jogos independentes, ao lado de quem faz parte diariamente das nossas vidas.


Sendo assim, é com muito prazer que, a seguir, você confere um resumo que fizemos com muito carinho com os destaques do evento, então prepare a lista de desejos que vem muita indicação boa por aí!


Destaques do Festival Jogatório

Quem esteve presente no evento poderia se aventurar para preencher o Passaporte Jogatório com todos os carimbos disponíveis nas 62 exposições. Infelizmente, não consegui visitar todos os expositores, mas irei deixar abaixo um destaque com os 10 jogos do evento que mais me chamaram a atenção e que eu tive a oportunidade de testar. Você pode conferir todos os títulos que estavam disponíveis no Instagram da Firma Game Dev!


1- Abyss x Zero (Pixel Punk Studio)

O antecipadíssimo título das meninas do Studio Pixel Punk esteve presente no Jogatório, e esse, inclusive, deve ser considerado como um dos principais movimentadores iniciais de público para o festival. Foi de uma mágica indescritível ver Tiani Pixel e Fernanda Dias surpresas com a quantidade de público presente para prestigiar o metroidvania 3D desenvolvido por elas.


Durante o evento, era possível testar uma das 3 demos que focavam respectivamente na história, dungeon, e uma boss fight contra o que claramente era uma inspiração de A Grande Loba Cinza Sif, de Dark Souls. Escolhi a demo relativa à história, e foi surpreendente ver de perto os sistemas que compreendem esse jogo, incluindo combate, exploração de dungeon e tensão inicial da narrativa que promete muitos conflitos entre as personagens de codenome A e Z.


Você pode conferir a entrevista que fizemos com a Tiani e a Fernanda sobre Unsighted e desenvolvimento de jogos clicando aqui!


2- Heavenstrafer (O Culto?)

Heavenstrafer é um fps de movimentação, baseado na troca de armas como recurso principal para ciclagem de dano, e habilidades secundárias que formam combos exorbitantes. Possui um apelo arcade com seu sistema de pontuação baseada em "estilo", extremamente viciante. Uma demo estava disponível durante o festival, e acabou integrando o pódio de melhores jogos do Jogatório segundo a galera do Jogabilidade.




O título é desenvolvido pelo "O Culto?", desenvolvedora que faz parte da comunidade do Game Design Hub. Tanto Heavenslinger quanto Heavenstrafer tem sido experiências inexplicáveis quando paramos para pensar sobre a oportunidade que temos de acompanhar obras sendo feitas desde a sua concepção até a completude, e foi lindo ver a recepção de Heavenstrafer no Jogatório.


3- Heartrender (DRONAROID)

Outro jogo que temos o prazer de acompanhar o desenvolvimento é Heartrender, um immersive sim repleto de personalidade. Na demo, pudemos enfrentar, na pele de Eris, inimigos na caixa de brinquedos surrealista conhecida como Null, utilizando habilidades como o gancho de escalada e uma arma que dispara projéteis de luz. O jogo está muito lindo e promete uma narrativa repleta de identitarismo, tendo em vista o ambiente repleto de personagens excluídos da sociedade.




Lembrando que quem faz parte da comunidade no Discord do GDH pôde testar antecipadamente versões das demos de Heavenstrafer e Heartrender que estavam disponíveis no festival jogatório!


4- Miro (Lost Saved Data_)



Em um estilo low poly bem característico dos jogos de PlayStation 1, a demo presente no evento nos colocou na pele de um personagem que acorda sem memórias em um local desconhecido. Guiado por uma IA fragmentada, o protagonista deve resolver os mistérios da sua espaçonave e da tripulação desaparecida. Miro foi apelidado carinhosamente durante o Jogatório como "walking simulator de Jurassic Park". Apesar de ser muito mais do que isso, foram essas características que o colocaram no presente top 10.


5- Astercys (Hensley)

Me faltam palavras pra descrever Astercys. Desenvolvido pela Hensley (foto acima), o jogo pode parecer um simples jogo de plataforma no ínicio, mas existe um twist de jogabilidade nos confrontos com inimigos que, unido com a estética psicodélica, acaba surpreendendo e transformando a obra em uma ideia excepcional. Gostei muito da personalidade confusa do personagem principal e a proposta de tentar entender o que fazer com um poder desconhecido que agora lhe pertence.


gameplay de Astercys, jogo da desenvolvedora Hensley
Reprodução: Hensley

A versão inicial do game está disponível para compra através deste link por apenas 6 REAIS E e o objetivo é realmente apoiar o desenvolvimento da ideia que permeia Astercys.


6- green memories (TENGUKAZE STUDIO)

Green Memories é um jogo de ação e aventura que se passa em um mundo pós-apocalíptico dominado pela natureza. Os jogadores devem explorar ruínas cobertas de vegetação, resolvendo quebra-cabeças que revelam fragmentos de uma história passada, enquanto buscam entender o que levou ao colapso da civilização.




O diferencial de Green Memories é o fato de que o jogo está chegando aos PCs após ter vencido uma game jam de jogos de Game Boy. Durante o Jogatório, testamos o jogo em consoles retrô da Nintendo como Game Boy Advance e Nintendo DS, com direito a cartucho e case customizada! Por aqui, seguimos ansiosos para o lançamento no PC.


7- Roadout (Rastrolabs Game Studio)

Roadout também segue a linha pós-apocalíptica, dessa vez implementando referências mais proeminentes como Mad Max e os antigos The Legend of Zelda. Estamos falando de um jogo de ação com traços de gameplay divididos entre exploração de dungeons e combates minimalistas com mecânica de corrida.




Nossa protagonista, Claire, é uma mercenária com um passado desconhecido, buscando entender as suas origens e como elas se relacionam com a I.A. misteriosa que comanda a àrea desértica conhecida como Zona Morta. O sistema de exploração de cima para baixo com possibilidade de mudar a perspectiva do ambiente surpreende, e você já pode testar a Demo de Roadout disponível na Steam.


8- Bloodless (Point N' Sheep)

Bloodless é um jogo de ação e aventura ambientado nas terras mágicas de Bakugawa, onde a ronin Tomoe deve enfrentar os fantasmas de seu passado e acabar com o reinado violento do Shogun Akechi, seu antigo mestre. A mecânica de combate não letal e baseada em contra-ataques reflete as características de uma personagem que já vivenciou muitas guerras. Tomoe utiliza apenas seus punhos e técnicas especiais de ki para neutralizar os inimigos.




Ficamos impressionados com o estilo de arte de jogo e a fluidez do combate, que prioriza a reflexão de projétieis e contra-ataques. Bloodless também tem uma demo disponível para baixar na Steam.


9- Gurei (LOBO SAGAZ STUDIO)



Gurei é um jogo de ação em plataforma que segue Rei, um espírito humano com a missão de derrotar entidades místicas da natureza, os Kami, para absorver seus poderes. Seu diferencial consiste na possibilidade conferida ao jogador de escolher o seu próprio caminho, já que Gurei não tem uma ordem certa para se seguir.


A premissa é enfrentar diversos inimigos e chefes que liberam habilidades específicas como dash, poderes de cura ou habilidade de executar os inimigos, cabendo ao jogador decidir quais poderes serão essenciais de serem liberados primeoro e quais chefes ele quer enfrentar por último.


10- BloodBoarderz (NEITHERNATHAN)


Nosso querido Nathan, desenvolvedor do Studio Pollaris, também esteve presente no Jogatório, exibindo o divertidíssimo Bloodboarderz. Com uma estética arcade experimental e gráficos poligonais de PlayStation 1, o título apela para a nostalgia de jogos como Downhill, enquanto te coloca na pele de um snowboarder sanguinário e armado com dois facões. O objetivo é ceifar a vida dos adversários para ganhar tempo extra, adicionando 5 segundos até o limite de 1 minuto para cada eliminado.


Apesar de ser curtinho, o jogo tem uma premissa muito divertida e muito potencial para incrementações de jogabilidade. O melhor de tudo: o jogo está gratuito e pode ser baixado clicando aqui.


Conclusão E OUTRAS RECOMENDAÇÕES

Foto da segunda edição do evento Festival Jogatório
Foto: Gabriel Morais de Oliveira (@GabrielHyliano)

Esse foi o nosso resumo do Festival Jogatório! Se você gostou dos jogos que citamos, não esquece de colocá-los na wishlist da Steam, acessar a página do itch.io ou testar os que estiverem gratuitos. Vale lembrar que Mullet MadJack, Zet Zillions, Lipsync Killers e The Posthumous Investigation também estiveram presentes no evento, mas como já os havíamos citados nas matérias da gamescom latam, preterimos dar a chance de citar outros projetos que estavam disponíveis no festival.


Outros títulos que merecem ser citados são Run Mr. Robo, de André Dantas; Corebreaker, da Aquadiun; Frogue, da Wired Dreams Studios; (DIS)ASSEMBLE, da Dragon Fruit Studio; Slowburn, da Nosto Studio; Momo and the Mine, da Tamboril e Of Love and Eternity, da Acorn Bringer.


Por aqui, seguimos com a certeza de que, até o momento, o Festival Jogatório foi o melhor evento de jogos com foco no contato com os desenvolvedores, e esperamos profundamente que as grandes organizadoras de eventos encontrem inspiração para transmitir ao público a mesma sensação que nós, jornalistas, produtores de conteúdo e entusiastas de jogos sentimos durante o Jogatório. Parabenizamos a Firma Game Dev e ao Sesc 24 de Maio pela estrutura e organização do evento.


Nota do Redator: Em uma outra realidade, espero que uma versão minha esteja muito feliz nese momento depois de ter passado pelo estande da Kaol Porfirio e ter falido depois de gastar muito dinheiro em mochilinhas, ecobags e pins.


Até a próxima edição!




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